sábado, 12 de maio de 2012

PORQUE ESCREVO



“Escrevo por não ter nada a fazer no mundo:
 sobrei e não há lugar para mim na terra dos homens. 
Escrevo porque sou um desesperado 
e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser 
e se não fosse sempre a novidade que é escrever, 
eu me morreria simbolicamente todos os dias”.
 (Clarice Lispector)

Escrevo por uma absurda necessidade de colocar meus pensamentos sobre um papel, mesmo que virtual, para ter certeza de que eles existem...

Escrevo porque sempre que escrevo algum comentário ou frase, ou mesmo texto, as palavras desandam a correr pelo meu teclado, como crianças arteiras, sobem e descem e mudam de direção...

Escrevo porque não posso falar... Sinto falta dos teus argumentos, das nossas teses, antíteses e sínteses... Sinto falta da tua voz, sinto falta da tua respiração... Sinto falta até do teu silêncio...

Escrevo para que você saiba que sinto tua falta, que não vou desistir de você...

Escrevo porque se não escrevesse você deixaria de existir, de ser real...

Escrevo enquanto te espero, como forma de preencher espaços, arestas e planos de fundo...

Escrevo porque minhas palavras não cabem mais em mim, para expressar a saudade e a solidão que tua ausência deixou em teu lugar.

Escrevo porque amo você!

(Lourdes Cano)

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