Eu me identifico muito com o poema de Mário Quintana, chamado Confissões...
Todos vêem sempre a minha paz e o meu silêncio...
Enquanto que dentro de mim há terremotos, maremotos, furacões e tsunamis...
E, no entanto, tudo que os outros vêem é a minha paz...
O poema combina perfeitamente comigo...
Não se deixe enganar, não é um poema triste...
É realisticamente maravilhoso...
Porque tudo em minha vida é uma mistura de doce e amargo...
De real e fantasia...
Do que foi e o que nunca será...
Eu sou uma pessoa sobre o muro que divide
as coisas boas das coisas más,
que olha para ambos os lados
e se vê um pouco pra lá, um pouco pra cá...
Não sou tão alegre, que não chore nunca...
E tampouco sou tão triste a ponto de nunca sorrir...
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