quinta-feira, 26 de maio de 2011

SOBRE O USO DA VIDA




Nada do que temos ou do que aprendemos 
nos servirá depois de termos morrido... 
Deveríamos pensar mais sobre a fragilidade da vida 
e da inconstância do ter e do saber... 
De que me vale tudo que tenho 
e o que sei se não me utilizo deles? 
De que me servirá tudo isso se eu mesma 
não puder saboreá-los, se não puder degustá-los... 
De que me adiantará a vida que tive quando estiver morta? 
Vivamos a vida enquanto é tempo, 
porque o tempo é areia que nos escorre pelos vãos dos dedos. 
Apertar a mão, além de não deter os grãos, 
ainda poderá acelerar o processo...

(Lourdes Cano)

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